- Área: 45 m²
- Ano: 2012
-
Fotografias:Alicia Taylor, James Hung
-
Fabricantes: Ampelite, Bluescope, Centor, Clark, Laminex, Southern Star, Tradelink, Westinghouse
Descrição enviada pela equipe de projeto. Keperra é uma região no subúrbio noroeste de Brisbane, ocupada primeiramente por campos militares na década de 1940 e em seguida pelo programa da Comissão de Habitação nos anos 1950. A ideia do cliente era anexar uma pequena unidade habitacional na propriedade existente, o que é para os arquitetos, uma oportunidade de repensar a tipologia da "edícula", comumente chamada de "apartamento da vovó" na Austrália. A mudança do cliente para uma casa menor significa que sua casa maior se transforma em uma nova fonte de renda para a família.
Posicionada ao longo do limite posterior da propriedade, a nova estrutura exibe uma fachada para o sul que foi pensada como um pano de fundo para a árvore Jacaranda madura já pré-existente. O espaço do pátio central coberto estabelece conexões terrestres com o jardim recém-definido, servindo como um hall de chegada. Este vazio cria uma visão emoldurada da paisagem para o jardim e a casa existente. A habitação é feita deliberadamente para abrir a fachada norte para os cenários naturais da reserva do riacho Kedron Brook. Com a projeção mínima de 45m², os pequenos espaços ampliam a sensação de habitar a natureza. O limite entre o terreno, o subúrbio e o parque tem potencial para que o ocupante tenha uma conexão com as atividades diárias da vida do parque.
A planta alongado é emparelhada com aberturas generosas que estendem o interior para o horizonte, enquanto sistemas de venezianas permitem o controle da privacidade em relação aos carrinhos ocasionais que transitam pelo parque. Uma série de três espaços conectadas compõe a planta: estar, terraço e a parte íntima. Cada um designado com um enquadramento individual de vistas expansivas, intermediárias e protegidas, respectivamente, em resposta à paisagem. Essas aberturas compostas e às vezes oblíquas aumentam a sensação de abertura, imediatismo e intimidade. O terraço é o principal espaço de fuga e, por ser projetado para que o usuário circule diariamente, aumenta a consciência das condições ambientais em mudança.
Durante todo o processo de projeto o detalhamento foi algo importante. Além disso, materiais resilientes foram usados principalmente em seu estado bruto para fornecer baixa manutenção dentro de um orçamento restrito. A placa cinzelada, concretada in-loco, tem uma linguagem que emerge para formar um ancoradouro no terreno inclinado. Tampada em cima do revestimento galvanizado, sua superfície reflete sutilmente a transição de cores sazonais da folhagem circundante. A calha galvanizada dobrada em grandes dimensões também funciona como um dispositivo de proteção solar nas grandes aberturas do Norte.
Espaços internos, ao contrário, exibem uma sensação de calor e suavidade, com o uso de materiais como os painéis de madeira compensada de pinho Cypress e Hoop Pine. A escolha dos materiais foi mantida simples para conseguir um espaço funcional e contido, onde unidades de armazenamento e amenidades se integram dentro de uma parede de marcenaria. O projeto procura experimentar os prazeres diários da habitação compacta.